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Mais um: STF torna Eduardo Bolsonaro réu no caso do tarifaço. Entenda

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Deputado federal Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução)

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As ações do deputado federal Eduardo Bolsonaro no caso do tarifaço continuam rendendo frutos, contudo, não os que ele esperava. Além de não ter conseguido livrar o próprio pai da cadeia, agora ele mesmo corre o risco de se tornar um condenado.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira (26), em julgamento virtual, que Bolsonaro, dessa vez o filho, deve responder a uma ação penal por coação no curso do processo. A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi aceita por unanimidade pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. O resultado foi oficialmente proclamado na mesma data.

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A denúncia foi apresentada em setembro, no inquérito que investigou sua articulação junto ao governo dos Estados Unidos para pressionar por medidas de retaliação contra o Brasil, episódio que ficou conhecido como “tarifaço”. O movimento incluía lobby por taxações a produtos brasileiros, suspensão de vistos de ministros do governo Lula e de integrantes do próprio STF. Com a abertura da ação penal, Eduardo poderá indicar testemunhas, apresentar provas e solicitar diligências para sua defesa.

A ofensiva internacional, revelada enquanto se agravava o cerco jurídico ao ex-presidente Jair Bolsonaro, acabou ampliando os problemas do núcleo bolsonarista. O deputado pediu licença de 120 dias, mas, desde o fim do prazo, em 20 de julho, não voltou ao plenário. Já acumula faltas que podem resultar em cassação, essa, por sua vez, adiada por articulações dos seus aliados.

Após o início do julgamento, Eduardo Bolsonaro publicou uma mensagem nas redes sociais na qual classificou como “caça às bruxas” o voto de Alexandre de Moraes. “Moraes vota para me tornar réu. Outros candidatos anti-establishment, como o próprio Jair Bolsonaro, e favoritos ao Senado sofrerão a mesma perseguição. É o sistema se reinventando para sobreviver. Tudo que sei é via imprensa, já que jamais fui citado. Por que Moraes não usa os canais oficiais com os EUA?”, escreveu. A defesa de Eduardo Bolsonaro foi feita pela Defensoria Pública da União (DPU). Durante a investigação, Moraes determinou a notificação do deputado, mas ele não constituiu advogado, nem apresentou defesa.

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