” border=”0″ alt=”Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)” title=”Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)” />
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a criticar a escala 6×1, regime no qual o trabalhador tem apenas um dia de descanso por semana, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov, nesta quinta-feira (25). Ele classificou o modelo como “a mais cruel das escalas” e defendeu que a pressão popular será fundamental para mudar a legislação.
Segundo Marinho, mobilizações semelhantes às que resultaram no arquivamento da chamada PEC da Blindagem mostram que a sociedade pode influenciar diretamente o Congresso Nacional. “É importante manter a mobilização porque, se deixar o parlamento brasileiro livre, leve e solto, só vem prejuízo para a classe trabalhadora. Só vai dar jeito com muita pressão, como foi o caso da PEC da Blindagem”, afirmou.
O ministro também sugeriu que os eleitores acompanhem o posicionamento dos parlamentares em relação ao tema. “É preciso observar quem merece ter o mandato renovado e quem merece ser substituído nas próximas eleições”, disse.
Jornada de trabalho no Brasil e no mundo
Marinho reforçou que o governo apoia a proposta de reduzir a jornada máxima de trabalho no Brasil, hoje de 44 horas semanais, para 40 horas, sem prejuízos para a economia. Ele citou que países como França, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Holanda e Islândia já implementaram ou estão em processo de adotar jornadas menores.
Na avaliação do ministro, o modelo 6×1 afeta principalmente mulheres e jovens. “Essa jornada é especialmente cruel para as mulheres e para a nossa juventude, que vem rechaçando esse sistema, cobrando do empresariado e das autoridades uma adequação”, destacou.
Tramitação no Congresso
A proposta que busca alterar a escala 6×1 tramita atualmente no Congresso Nacional. Marinho reconheceu, no entanto, que o tema não está entre as prioridades dos parlamentares. “Se amenizar a pressão, esse perfil do Congresso que temos não atenderá a essa reivindicação. Mas, no que depender do governo, os trabalhadores terão nosso apoio para acabar com a jornada 6×1”, completou.

