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Maternidade Regional de Camaçari reforça boas práticas no enfrentamento à mortalidade infantil

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(Foto: Ascom do Hospital de Camaçari)

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A taxa de mortalidade infantil no Brasil segue em trajetória de queda, segundo levantamento do IBGE realizado em 2024. A taxa nacional é de 12,3 mortes por mil nascidos vivos, o que representa uma redução expressiva quando comparado ao cenário de 1940, quando 146,6 crianças a cada mil não completavam o primeiro ano de vida.

No país, essa diminuição está associada, entre outros fatores, ao avanço do pré-natal, à ampliação do acesso à assistência qualificada e à estruturação de cuidados ao recém-nascido. Na Maternidade Regional de Camaçari (MRC), unidade da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) gerida pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), esse compromisso se traduz em práticas que conectam vigilância, acolhimento e estrutura especializada.

A diretora médica da unidade, Viviane Santiago, explica que as estratégias de redução da mortalidade infantil começam desde o pré-natal, especialmente entre gestantes com condições clínicas complexas ou em situações de vulnerabilidade.

“No pré-natal de alto risco, atuamos com triagem precoce, identificação de condições que podem comprometer a gestação e integração com a Atenção Primária. Garantimos exames, acompanhamento contínuo e definição segura do momento e do local do parto. Esse olhar atento também alcança gestantes adolescentes ou em situação de vulnerabilidade, que recebem acolhimento e suporte ampliado”, destaca.

Além do cuidado pré-natal, a assistência ao bebê é parte essencial da estratégia. Em 2024, o IBGE registrou melhora também no indicador que mede a chance de morrer antes de completar 1 ano, que passou de 87,8% em 2020 para 84,8% em 2024, reforçando o impacto das políticas de cuidado neonatal no país.

Na Maternidade Regional de Camaçari, referência para gestação e parto de alto risco na Bahia, a estrutura voltada ao recém-nascido inclui sala de parto equipada para estabilização imediata, UTI Neonatal e Unidades de Cuidados Intermediários (UCI), entre elas o método Canguru, que fortalece o vínculo e o desenvolvimento do bebê.

“Na assistência ao recém-nascido, contamos com Unidade Neonatal estruturada e equipe capacitada para manejar casos de maior complexidade. Realizamos triagens neonatais, incentivamos o alojamento conjunto e promovemos ações de controle de infecções. Tudo isso com atuação integrada de pediatras, enfermeiras, fisioterapeutas e fonoaudiólogas”, afirma Santiago.

(Foto: Ascom do Hospital de Camaçari)

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