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Proibição de celulares nas escolas melhora aprendizado, aponta pesquisa

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” border=”0″ alt=”Quase metade dos professores (49%) relatou aumento da ansiedade entre os alunos (Foto: Amanda Chung/Ascom SEC)” title=”Quase metade dos professores (49%) relatou aumento da ansiedade entre os alunos (Foto: Amanda Chung/Ascom SEC)” />

A restrição ao uso de celulares nas escolas brasileiras, em vigor desde janeiro de 2025, já apresenta resultados positivos na aprendizagem dos estudantes. Pesquisa divulgada nesta terça-feira (23) pela Frente Parlamentar Mista da Educação, do Congresso em parceria com o Equidade.info, mostra que 83% dos alunos afirmam estar prestando mais atenção nas aulas após a medida.

O impacto é mais expressivo nos anos iniciais do Ensino Fundamental, onde 88% dos estudantes relataram maior foco. No Ensino Médio, o índice foi de 70%, evidenciando que essa etapa apresenta desafios adicionais. Na análise regional, o Nordeste se destacou com 87% de avanços no comportamento escolar, enquanto Centro-Oeste e Sudeste registraram os menores índices (82%).

Para o presidente da Frente Parlamentar da Educação, deputado Rafael Brito (MDB-AL), os dados confirmam a decisão do Congresso ao aprovar a medida. “O resultado que vemos hoje é a confirmação de que a educação precisa ser prioridade, com políticas que cuidem do presente e preparem o futuro dos nossos jovens”, afirmou.

Redução do bullying digital

A pesquisa também identificou uma queda nas ocorrências de bullying virtual. Entre os gestores escolares, 77% relataram diminuição dos casos. Entre os professores, a taxa foi de 65%, enquanto 41% dos estudantes afirmaram perceber menos episódios desse tipo. A diferença entre as percepções sugere que parte dos conflitos pode não estar sendo registrada ou comunicada.

Ansiedade e tédio entre os alunos

A proibição também trouxe efeitos colaterais. Quase metade dos professores (49%) relatou aumento da ansiedade entre os alunos.  Já 44% dos estudantes disseram sentir mais tédio nos intervalos sem o celular. O problema foi mais frequente entre crianças do Ensino Fundamental I (47%) e entre alunos do turno da manhã (46%). Esses dados mostram que o celular substituiu outras formas de interação e entretenimento entre as crianças, mesmo nas escolas.

Para Claudia Costin, presidente do Equidade.info, os resultados demonstram a importância da política, mas também apontam a necessidade de medidas complementares. “A restrição foi positiva, mas sozinha não basta: as escolas precisam criar alternativas de interação e estratégias específicas para cada idade”, avaliou.

A pesquisa

O levantamento ouviu 2.840 alunos, 348 professores e 201 gestores de escolas públicas e privadas em todas as regiões do país, entre maio e julho de 2025. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para os estudantes, 5,0 pontos para os professores e 6,6 pontos para os gestores.

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