Fazendo claro malabarismo, mas nem com tanto esforço assim, para manter o grupo unido e garantir intervenção na administração municipal, o ex-prefeito de Camaçari, Antônio Elinaldo (União Brasil), conseguiu concluir o primeiro ano fora do poder com maioria na Câmara de Camaçari, reunindo bancada independente e oposição. Ao todo, são 12 vereadores sob a sua liderança, enquanto o atual prefeito, Luiz Caetano (PT), segue com 11 apoiadores.
A união do grupo foi celebrada com um jantar festivo, realizado na noite de sexta-feira (5), no restaurante Prefeitinho Jr, em Guarajuba. Os registros do encontro foram compartilhados pelo ex-prefeito, acompanhados de uma mensagem de agradecimento. “Agradeço pela parceria, pelo carinho e pela caminhada que tivemos ao longo deste ano. Estar reunido com os vereadores de oposição de Camaçari é sempre uma alegria, porque seguimos firmes no mesmo propósito de construir uma cidade melhor. Tenho certeza de que 2026 será ainda mais especial, com novas conquistas e muito trabalho pela frente”, declarou Elinaldo.
Atualmente, as bancadas da Câmara Municipal estão divididas em governo, com Dentinho do Sindicato (PT), Dilson Magalhães (PP), Sales Brito (PSD), Ivandel Pires (UNIÃO), João Dão (PSB), Neidinha (PT), Kaique Ara (PT), Luisão (Republicanos), Vagner Bispo (PSB) Paulinho do Som (PT) e Tagner Cerqueira (PT).
Bancada independente, formada ao longo do ano, por Dudu do Povo (União Brasil), Manoel Jacaré (PP) e Dr. Samuka (PRD).
A bancada, que se define como oposição irredutível, reúne Niltinho Maturino (PRD), Jamelão (CIDADANIA), Dr. Elias Natan (PSDB), Herbinho (União Brasil), Jackson Josué (União Brasil), Jamessom (PL), Manoel Filho (PL), Maurício Qualidade (União Brasil) e Tarcisio Coiffeur (PSDB). No entanto, as bancadas independente e de oposição seguem os direcionamentos do ex-prefeito, votando unificadas, defendendo as mesmas pautas e sendo caracterizadas como oposicionistas ao atual governo.
Ao longo do ano, além do ‘distanciamento’ de três dos 12 vereadores, com a formação da ‘bancada independente’, o grupo enfrentou alguns revés, como a cobrança das lideranças, corte de verbas nos gabinetes e denúncias de farra em gratificações na Câmara Municipal, presidida por Niltinho Maturino. Outro revés foi a divisão do grupo, com o afastamento do ex-candidato a prefeito, Flávio Matos, que migrou do União Brasil para o PL, de Jair Bolsonaro, fazendo graves acusações contra o ex-grupo.
Muito se comentou que a união da bancada oposicionista não resistiria até a virada do ano, mas, contrariando as previsões, o grupo ainda posa junto e mantém um discurso próximo em relação a candidatura do ex-prefeito para deputado estadual. Até o momento, pelo menos a manutenção das aparências, aponta vitória de Elinaldo no primeiro round da disputa até 2028.
