” border=”0″ alt=”Senador Jaques Wagner (PT-BA) (Foto: Print do Vídeo/Redação CFF)” title=”Senador Jaques Wagner (PT-BA) (Foto: Print do Vídeo/Redação CFF)” />
O senador Jaques Wagner (PT-BA) voltou a defender mudanças no sistema eleitoral brasileiro. Em entrevista à GloboNews, na quarta-feira (1º), ele reafirmou ser contrário à reeleição e propôs que todos os cargos executivos tenham mandatos únicos de cinco anos, com unificação das eleições municipais, estaduais e nacionais em um mesmo ano.
Para o senador, a medida reduziria a instabilidade política provocada pelo calendário atual, que mantém o país em permanente clima de disputa. “Tem que ser cinco anos sem reeleição e com coincidência total. Isso não é unanimidade no PT, nem na esquerda, mas é minha opinião. O país não aguenta viver nessa lógica de eleição em eleição, de dois em dois anos. É a festa da democracia, mas tudo que é demais sobra. Acabamos uma eleição, já estamos pensando na próxima. Não há quem aguente”, afirmou.
Wagner também ressaltou a importância da renovação de lideranças. Ele citou a escolha de Jerônimo Rodrigues (PT) como candidato ao governo da Bahia em 2022 como exemplo da aposta em novos nomes. “Sou muito favorável à renovação. Não fui candidato ao governo em 2022 por conta dessa convicção. Nós nos arriscamos aqui na Bahia e deu certo: elegemos Jerônimo Rodrigues, uma liderança nova. Eu continuo no Senado, mas dificilmente dá para pensar em 2030 sem formar novos quadros”, disse.
Na avaliação do senador, a unificação das eleições exigiria ajustes temporários nos mandatos, mas traria ganhos à governabilidade. “Seria um mal menor. A gente ficaria livre da reeleição e dessa loucura de sair de uma eleição e já começar outra. Estamos em outubro de 2025, faz menos de um ano da última eleição, e o país só pensa em eleição. Isso trava a agenda nacional”, completou.
A proposta defendida por Wagner se aproxima da PEC 12/2022, de autoria do senador Jorge Kajuru (Podemos-SP), que prevê mandato de cinco anos para presidentes, governadores e prefeitos, sem reeleição. Para os parlamentares (senadores, deputados e vereadores), a possibilidade de recondução permanece. No caso do Senado, a PEC também extingue a eleição alternada, estabelecendo renovação integral das cadeiras ao fim de cada mandato.
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