desentupidoraok

Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher: Camaçari passa a contar com comitê

IMG_0689-1
Comitê de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher (Foto: Patrick Abreu)

Compartilhe essa matéria:

Agressão, atropelamento, tiros e o crescente número de casos de violência contra a mulher acendem um alerta em todo o país, mostrando a fragilidade das políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero e a necessidade de ampliar a prevenção e intensificar a punição dos agressores. Com esse olhar, foi lançado na última sexta-feira (5), em Camaçari, o Comitê de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher.

A iniciativa da Secretaria da Mulher (Semu), reúne autoridades civis, militares, empresários e representantes religiosos para promoção de ações afirmativas de gênero. A ação faz parte dos 21 dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) para o aprofundamento do combate à violência de gênero. O Comitê foi lançado um dia antes do Dia do Laço Branco, celebrado no último sábado (6).

A Semu destaca, que o Comitê de Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher é voltado para formulação de políticas públicas conjuntas para conscientização masculina e implantação de uma cultura de não violência. A ferramenta nasce como um espaço de diálogo, formação e mobilização masculina para atuar de forma ativa na prevenção e no enfrentamento à violência contra a mulher em Camaçari.

“Não existe falar em quebrar o ciclo de violência se a gente não envolver os homens nesse debate. Então, nesse momento onde o nosso país apresenta índices altíssimos de violência contra mulher, a Semu vem com esta iniciativa”, descreve a titular da Semu, Branca Patrícia.

O juiz da Vara de Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Camaçari, André Goma, também faz parte da iniciativa e aproveitou a oportunidade para fazer uma referência histórica sobre a data. “O Laço Branco surgiu no Canadá quando, em um dado momento, um agressor entrou numa sala de aula de uma faculdade de engenharia, pediu que os homens saíssem e, depois que os homens saíram, ele foi e matou 14 mulheres. Então, deixou um rastro muito forte, a ideia de que os homens saíram”, disse.

Para o juiz, a passividade masculina é um fator que encoraja os agressores e mostra a necessidade de todos os homens se engajarem e darem um basta. “Entender que o homem, realmente, o leão da casa, não é aquele que tenta controlar todo mundo e dominar tudo que está a sua casa. É aquele que cuida e protege”, refletiu.

(Foto: Patrick Abreu)
(Foto: Patrick Abreu)

Mais lidas