Moradores de Monte Gordo e Barra do Jacuípe se reuniram na tarde desta quinta-feira (11), na altura do km 42 da Estrada do Coco (BA-099), nas imediações da passarela para pedestres entre Monte Gordo e Guarajuba, para protestar contra a escassez de água durante o verão e o serviço prestado pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na região.
De acordo com os relatos, com a proximidade das festas de fim de ano e chegada do verão, as comunidades locais passam a sofrer com a falta constante de água. Os moradores afirmam que o problema tem início nas primeiras semanas de dezembro e segue até o fim do carnaval. No entanto, os relatos apontam que só falta água de um lado. Enquanto as comunidades de Monte Gordo e Barra do Jacuípe ficam com a torneira seca, já nos condomínios, o abastecimento segue regular.
“Todo final de ano é essa coisa, a gente fica sem água. Por que? Porque eles soltam a água para os condomínios aí, condomínios de Guarajuba, Barra de Jacuípe, todos do lado da praia; e a gente fica assim nessa sofrência por água todo verão”, desabafa Kiara Souza, 46 anos, que mora há mais de 30 anos em Monte Gordo e vive a mesma dificuldade ano após ano. Ela conta que a situação é recorrente e mesmo com mudanças na gestão regional da Embasa e anúncios de investimentos na região, o problema continua.
Kiara ainda completa, dando nome ao problema: 2026 vem eleição, e vamos esperar os políticos macho e fêmea daqui vim aqui com a cara de pau pedir voto a gente; providencia eles não tomam. Pois vamos dar nossos votos a candidatos da casa do ca*, só de raiva; se é pra fazer nada por nada, vamos votar nos de longe”, desabafou.
Os manifestantes compartilham do mesmo entendimento de que existe uma priorização do abastecimento para a região costeira, onde estão localizados os condomínios. “Eles fecham a água e só abrem para os barões”, acusaram, durante a manifestação.
Com as férias escolares, as crianças são as que mais sofrem com o calor e a falta d’água. Famílias com idosos e pessoas acamadas também reclamam e pedem providências. A falta de água atrapalha a economia da localidade, afeta os hábitos de higiene e pode acarretar em graves problemas de saúde.
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