O Baralho Lilás, ferramenta inédita no Brasil instituída para o fortalecimento do combate à violência contra a mulher, foi lançado nesta sexta-feira, 12, no Centro de Operações e Inteligência (COI), localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.
Idealizado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o Baralho Lilás exibiu 16 procurados por ações ilícitas praticadas na capital baiana, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e no interior do estado.
O titular da SSP, Marcelo Werner, explicou como vai funcionar a nova ferramenta. “A gente recebe as denúncias através do 190, para casos de emergência, e através do 181, de forma anônima e silenciosa. A partir da chegada das informações, a gente faz o acionamento, seja de investigação ou da equipe mais próxima da Polícia Militar. Nós temos aqui um batalhão especializado, que atende a capital e a Região Metropolitana”, iniciou.
Werner destacou ainda que existem as Delegacias e Núcleos Especiais de Atendimento À Mulher (DEAMs e NEAMs). “Já são 36 em todo o estado da Bahia, que fazem a investigação. Mas, acima de tudo, nós temos aqui a cobertura de rádio e telefonia nos 417 municípios da Bahia”, pontuou Werner à imprensa.
“Ou seja, se a gente receber uma ligação do 190 de uma mulher que está sendo violentada, a gente vai acionar a viatura mais próxima para dar suporte e proteger essa mulher. Se a gente receber uma denúncia de localização de foragido, acionamos também as forças: o Batalhão de Proteção à Mulher, Polícia Civil ou a Polícia Militar, quem estiver mais próximo. Se a gente receber informações de cumprimento de medida protetiva, da mesma forma, a gente vai acionar a viatura da Polícia Militar mais próxima”, explicou o secretário.
Werner ressaltou também que “se aquela localidade tiver uma Operação Maria da Penha, e nós temos fortalecido com a criação do batalhão essas operações, ela vai ser acionada através também do acionamento do batalhão. A ideia é que a gente possa ter a maior cobertura possível para a proteção da mulher”.
Por fim, Werner destacou a importância de se fazer denúncia em casos de agressão. “Temos o 180, que é o número da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que é um número conhecido nacionalmente. A gente tem o 190, que é para uma situação de emergência. E temos um 181, que é aquela situação de anonimato para a pessoa que quer preservar o sigilo”, completou.
O delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, André Viana, também participou do lançamento e abordou o papel da PC-BA no combate à violência contra mulher. “Nós temos o Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis, o DPMCV, que vem com uma característica específica e enaltece a especialização com eficiência”, disse.
“O respeito, proteção e a igualdade de todos os gêneros são coisas que a Polícia Civil levanta como uma bandeira. Efetuar prisões de pessoas que efetuem ações contra as mulheres é uma obrigação da Polícia Civil e todas as forças de segurança”, completou Viana.
As cartas com os criminosos ficarão expostas no site da SSP. A população pode auxiliar a Polícia na localização dos foragidos da Justiça através do telefone 181 (Disque Denúncia da SSP).

